Três exposições e uma mostra audiovisual A ligação de Dalí com o Teatro-Museu

Desde ontem de manhã, o Teatro-Museu Dalí conta com três novas exposições e um audiovisual comemorativo dos 50 anos da inauguração do espaço. As três novas exposições incluem o processo de criação do teatro, a interação do próprio Dalí com museus e arte e uma visão dos seus pintores favoritos. O audiovisual mostra um passeio pela arte dentro do museu Figueres.
As quatro propostas mantêm a mesma génese, o Teatro-Museu. “É o seu manifesto vital. Mostramos a união de Dalí e do museu, ao qual dedicou os últimos anos de sua vida”, destacou a diretora dos Museus Dalí, Montse Aguer durante a apresentação. Este é o início da semana de celebração dos 50 anos, na qual está prevista a visita, quarta-feira ao meio-dia, do Rei Felipe VI de Espanha e do Presidente Salvador Illa.
‘O TEATRO-MUSEU DALÍ: UM ORGANISMO VIVO’. Este é o nome da exposição que recolhe imagens de Melitó Casals, Meli, e onde se pode ver o envolvimento que Dalí teve em todo o processo de construção do edifício. As imagens permitem-nos ver como o antigo teatro, incendiado em 1961, se transformou até se tornar a grande peça inaugurada em 28 de setembro de 1974.
‘O APARELHO FOTOGRÁFICO SUAVE: UMA VISÃO DALINIANA’. Através de imagens podemos ver Dalí visitando diversos museus e contemplando obras de diversos artistas. Um rosto desconhecido para muitos que mostra como o génio Alt-Empordanes se nutriu destes espaços de inspiração e ao mesmo tempo como os gostou.
‘MEUS PINTORES FAVORITOS: VELÁZQUEZ, VERMEER, RAFAEL’. A última exposição apresenta referências dos três pintores, a quem Dalí deu a nota máxima no tratado 50 segredos mágicos para pintar. A exposição está subdividida numa área para cada pintor onde aparecem as pinturas de Dalí com referências claras às suas obras, existindo também um autorretrato.
‘O TEATRO-MUSEU DALÍ: HISTÓRIA DA ARTE, CURTA MAS CLARA, DE SALVADOR DALÍ’. O audiovisual dura cerca de 20 minutos e mostra uma sequência cronológica da história da arte, começando pela arte clássica, passando pelo Renascimento, pelo Barroco, pelo realismo, pelas vanguardas, até chegar ao hiperrealismo americano. Parando a cada passo para mostrar obras do próprio Dalí enquadradas nesses períodos, que já podem ser conferidas no site oficial da Fundação.
A AQUISIÇÃO. Antes de entrar na exposição dos pintores preferidos há um espaço com uma única pintura, O nascimento das ansiedades líquidas. Este óleo, datado de 1932, foi adquirido pela Fundação Dalí em leilão na Christie’s. A peça mostra realismo e precisão em uma camada onírica com uma paisagem intuída ao fundo. A admiração por Johannes Vermeer faz desta peça uma ponte perfeita para conectar as exposições.