As chuvas permitirão que alguns rebanhos se expandam

O clima dos últimos meses pôs fim à inquietação dos agricultores e pecuaristas de Alt Empordà. Os agricultores garantiram comida para o gado, pelo menos, até à Primavera do próximo ano. E isto fez com que, um ano depois de terem sido obrigadas a retirar animais de cima porque não podiam alimentá-los, algumas explorações chegaram a considerar a opção de voltar a expandir os seus rebanhos.

As chuvas que caíram neste verão fizeram com que houvesse boas mudas de forragem, como aveia ou azevém. Uma situação que tem feito com que os campos da demarcação fiquem cheios de fardos de palha este verão, e que dá fôlego aos agricultores. Porque lembramos que no ano passado a seca fez com que houvesse muito pouca forragem disponível, o que obrigou os agricultores a comprá-la no exterior, principalmente em França, para poderem alimentar o seu gado. E, em alguns casos, isto levou a derrapagens de custos insustentáveis.

Agora, em vez disso, descobrem que há um excedente. E apesar de o coordenador do Sindicato dos Agricultores do Alt Empordà, Xavier Frigola, admitir que não é “da ​​melhor qualidade”, e que isso prejudicou um pouco as vendas, o próprio Frigola também comemora que ainda resta “ over” para alimentar seus animais.

É neste sentido que o coordenador do Sindicato dos Agricultores de Alt Empordà explica que há explorações pecuárias que estão a avaliar a possibilidade de aumentar a cabine, precisamente por causa deste excedente de palha que têm. Desta forma, muitos recuperariam as cabeças de gado perdidas no ano passado por falta de alimentos.

MÁ COLHEITA DE CEREAIS DE INVERNO. Por outro lado, o que não correu tão bem foi a colheita de cereais de inverno, principalmente cevada e trigo. Muitos agricultores apostam nessas variedades, que normalmente não são plantadas para colheita no verão, porque a estiagem durante o plantio os assustou. São cereais que necessitam de pouca água e, na altura, esperavam-se restrições significativas devido à seca.

A realidade, porém, era outra e as chuvas de verão fizeram com que houvesse campos que andavam “em duas estações”: enquanto parte da semeada já estava seca e pronta para ser colhida, outra havia brotado e estava verde por culpa da chuva Isto reduziu a colheita destes cereais entre 25% a 40% e afecta directamente a produção.

Nesse sentido, Xavier Frigola explica: “Isso vai ajudar porque no futuro valorizaremos mais e aprenderemos com isso. Vai nos servir de experiência para o próximo ano plantar mais girassóis e milho, que é o que costuma ser colhido no verão”.

E o outro lado da moeda são justamente os campos onde foram plantados girassóis e milho. Muitos dos que plantaram estes cereais, que necessitam de muita água, foram obrigados a fazê-lo pela rotação de culturas, mas a realidade é que a sua colheita tem sido “muito boa”. As chuvas de Verão ajudaram e a produção tem sido boa, embora não tenha sido plantado muito devido à seca no início deste ano.

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