A Schubertiad é reconfirmada

A Schubertiad é reconfirmada

Programação única, compromisso com jovens talentos e compromisso com a tradição. São estes os valores que o festival Schubertíada reforçou e destacou durante a 32ª edição que se realizou em Vilabertran de 16 de agosto a 1 de setembro.

O público fiel do festival voltou a viver uma edição memorável com estreias como a da muito jovem soprano Katja Maderer no concerto de abertura, ao lado do pianista Wolfram Rieger; a estreia de um novo ciclo de canções baseadas na poesia de Mercè Rodoreda, do compositor Hèctor Parra; programas inéditos, como a primeira obra abrangente de Schubert para violino e piano interpretada por solistas catalães; a descoberta da música crepuscular de Liszt pelo virtuoso pianista Kit Armstrong; a apresentação de dois programas únicos inspirados nas originais “Schubertíades” vienenses; uma visão histórica abrangente das suítes para violoncelo de Bach com músicos do país, bem como um concerto familiar projetado por Òscar Dalmau.

O público assistiu a uma série de recitais vocais de alto nível com Erika Baikoff, Elena Copons, Matthias Goerne, Julia Kleiter, Katharina Konradi, Johannes Martin Kränzle e Andrè Schuen, e contou com a participação de pianistas como Julius Drake, Hilko Dumno e Alexander Schmalcz. Além disso, foi possível vivenciar a estreia de duas cantoras excepcionais: a sueca Malin Byström, uma das sopranos mais requisitadas do circuito internacional de ópera, e a mezzo-soprano Beth Taylor, que obteve sucesso pessoal em seu concerto com o pianista Hamish Brown.

NOVOS HORIZONTES Assistiram um total de 4.880 espectadores e 12 dos 21 concertos programados esgotaram. Esta edição foi particularmente variada em termos de repertório, pois além de Schubert, foram incluídas peças de compositores como Johann Sebastian Bach, Ture Rangström, Benjamin Britten, André Previn, Antonin Dvorák, Eduard Toldrà e Hèctor Parra.

O festival manteve seu compromisso com o futuro com a participação de oito bolsistas do programa Lied the Future, que, além de se apresentarem no festival, trabalharam em conjunto com artistas consagrados. “Nosso dever, e também nossa paixão, é dar uma mão a uma nova geração de músicos que estão forjando uma nova era de ouro da canção poética, bem como conectar diferentes gerações de artistas para enriquecer seus conhecimentos”, aponta o diretor da Schubertíada, Víctor Medem.

PRÓXIMA EDIÇÃO. Embora ainda não sejam conhecidos os detalhes da edição de 2025, a organização já anunciou que o concerto inaugural será protagonizado pelo barítono Ferran Albrich e pela soprano Elionor Martínez. Outra certeza é a participação de artistas regulares apreciados pelo público, como os barítonos Andrè Schuen e Florian Boesch, além do Quarteto Casals.

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