A atuação no parque de campismo Pous poderá ser prorrogada por um ano
Os procedimentos de conversão do antigo parque de campismo do Pous num novo projecto estão a ser adiados. Os promotores informaram na semana passada que a ocupação ilegal do espaço os impede de investir entre 6 e 10 milhões de euros para recuperar o complexo. O processo judicial que deveria culminar este mês com o despejo poderá ser prorrogado por um ano.
O advogado da empresa Campella del Sol, David Garcia, garantiu na semana passada que há pelo menos oito pessoas que vivem no complexo e aí estão registadas. Garcia acrescentou que ali vivem em condições insalubres, com animais mortos e serviços de electricidade e água interrompidos.
ANTES DA PANDEMIA. A empresa adquiriu há quatro anos as instalações, que estavam fechadas há quase vinte anos. Com a eclosão da pandemia e as restrições subsequentes, o projeto não pôde ser iniciado. A ação começou há um ano e meio, mas a presença de posseiros levou à instauração de procedimentos judiciais para o despejo, que agora poderá ser prorrogado por um ano. E o facto é que o despejo não pode concretizar-se neste mês de Setembro como estava previsto. A razão, segundo o porta-voz dos promotores, é que “cada vez aparecem mais pessoas que disseram estar registadas e que não se conseguiram identificar no processo”. Neste sentido, Garcia critica que a lei proteja este tipo de registo e alerta para as condições do espaço e para a situação de “perigo para as pessoas”. Além dos animais mortos e da luz furada, “há um transformador que pode provocar incêndio”.
Precisamente neste verão, a Câmara Municipal de Figueres deu luz verde ao plano urbanístico especial para que a ação possa avançar. À superfície, o terreno tem 64.241 m2, dos quais 56.305 correspondem à atividade de campismo. Isso permitiria cerca de 300 unidades de camping e capacidade para 900 pessoas.